Com suspensão das aulas presenciais, a tecnologia foi o principal meio para que o ensino não parasse.
Dois mil e vinte: ano de impulsionamento de muitas mudanças possíveis graças às ferramentas tecnológicas. Entre elas, o crescimento da educação a distância por conta da suspensão das aulas presenciais. Com isso, novas ferramentas começam a fazer parte do dia a dia tanto de alunos quanto de professores.
Crianças e adolescentes viram um jeito totalmente novo de aprender, enquanto estudantes do ensino superior experimentaram ainda mais a modalidade de ensino a distância (EAD). Enquanto isso, os educadores participaram de uma imersão tecnológica, já que as aulas começaram a ser preparadas e apresentadas no ambiente digital. Um desafio grande para muitos que nunca tinham lidado com as ferramentas.
Para que os encontros continuassem ocorrendo mesmo longe das salas de aula, houve crescimento nos downloads de programas de videoconferência como Zoom, Teams e Skype. As ferramentas foram essenciais para que o sistema educacional brasileiro não parasse.
Especialistas de todo o mundo discutem a chamada Educação 5.0, uma revolução no sistema educacional acelerada no período de isolamento.
Tendências da educação
Empresas que desenvolvem soluções tecnológicas voltadas à educação desenvolveram novas ferramentas nos últimos meses. A edtech Sambatech, por exemplo, registrou aumento de 467% na visualização de seus vídeos entre fevereiro e junho. A empresa atua com treinamento corporativo e EAD acadêmico e livre.
No período de escolas fechadas, também houve maior adesão às ferramentas de realidade aumentada, como ocorreu em algumas faculdades de medicina. Esses cursos possibilitaram aos alunos a visualização, a distância, de elementos 3D que representam partes do corpo humano.
Assim, empresas especializadas em realidade aumentada também começaram a desenvolver ferramentas para serem usadas futuramente em outras áreas da educação.
Embora muitos especialistas de educação opinem que a adesão 100% ao digital não é viável no Brasil, eles acreditam que a tecnologia presente no ensino vai continuar evidente mesmo após a pandemia de coronavírus. Ferramentas como o Google Classrooom, por exemplo, podem continuar ajudando na relação entre educadores e alunos.
Ensino híbrido
Instituições de educação também apostam na produção de conteúdos digitais. Investidores do setor acreditam que o ensino híbrido (que mistura o presencial ao digital) será mais comum mesmo após a retomada das aulas presenciais.
Para dar mais segurança ao registro da presença do aluno na aula, há startups que implantaram soluções de reconhecimento facial, já que apenas login e senha são fáceis de serem fraudados. A IBM, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, trabalha no desenvolvimento de sistemas de computação “em nuvem” para preparar o sistema educacional para a Educação 5.0.
E como uma das formas para tornar mais atrativo o ensino a distância, a “gamificação” ganhou espaço. O aplicativo Qrânio, aberto aos alunos e professores de escolas públicas e particulares durante a pandemia, possibilita que os pequenos aprendam sozinhos e até participem de duelos com os amigos em diversas áreas do conhecimento.
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