Put your records on… Spotify que se cuide!
Ahh, os famosos bolachões. Quem nasceu até o início da década de 1990 lembra muito bem deles, ainda em sua época original. Colocar uma música pra tocar não era tão instantâneo quanto somente apertar play; tinha todo um ritual, uma rotina. Escolher o disco, tirar da embalagem, colocar na vitrola, posicionar delicadamente a agulha sobre o vinil, escutar uns ruídos e aí sim, música para seus ouvidos. Hoje, a facilidade digital nos agracia com uma infinidade de músicas em inúmeras plataformas, mas mesmo assim muita gente está voltando algumas casas e optando por ouvir suas melodias preferidas nos LPs, por que será?
Em uma conversa com a revista Forbes para a comemoração dos 70 anos do vinil em 2018, o jornalista inglês Marcus Barnes comentou que a volta do disco faz sentido. “Há um ar de romance que cerca as coleções de álbuns e as lojas de música. A noção de que a música sendo algo tangível e estando em sua forma ‘orgânica’, mais valiosa do que a versão digital, é uma das razões desse idealismo romântico”, disse.
E há mesmo um certo misticismo envolvendo os discos, que já eram colecionados até mesmo antes das novas mídias tomarem conta. Se não fosse assim, estaríamos observando hoje a volta do CD, que também tem uma qualidade de áudio maior do que o mp3. Mas a realidade para o CD não é tão feliz: somente no mercado americano, as vendas caíram 80% nos últimos dez anos, de 450 milhões para 89 milhões de unidades vendidas.
Já as vendas de vinil bateram um belo recorde em 2016. Segundo a Record Industry Association of America (RIAA), os números aumentaram 32% nesse ano, para US$416 milhões – as vendas não tinham tanto sucesso desde 1988! Segundo a RIAA, os lucros dessa indústria ultrapassaram os ganhos com publicidade de plataformas como Youtube e Spotify grátis por dois anos consecutivos. Vale lembrar que os números da RIAA se referem somente à venda de discos novos, isso significa que o mercado é muito maior do que se imagina, pois as vendas de LPs usados são bem mais populares.
ARTE E BELEZA
Ouvir música em discos é realmente uma arte, acompanhada de mais arte. Enquanto o apelo visual nas plataformas de streaming é praticamente nulo, com os discos há toda uma apreciação da capa e dos encartes. Com tamanho padrão de 32x32cm, as capas tem uma beleza extra, grande, que passam a fazer parte da decoração da casa. Capas icônicas chegam até a ultrapassar o próprio título do álbum, como é o caso do disco Atom Heart Mother, do Pink Floyd, o famoso disco da vaca.
COMO OUVIR
O mercado não fechou os olhos para esse ressurgimento dos discos, então os novos fanáticos podem ficar tranquilos: não é preciso caçar vitrolas antigas para curtir uma boa música no vinil. As marcas estão produzindo toca-discos modernos para suprir essa demanda, e muitas inclusive vêm com entrada USB para acomodar “novas” tecnologias também. Para garantir que estará conseguindo a melhor qualidade na sua música, duas considerações importantes: busque uma vitrola com uma boa agulha, que não pese muito sobre o disco. Delicadeza é sempre uma palavra que deve acompanhar o vinil. Acompanhe nossa lista de toca-discos modernos para um cantinho musical moderno:
1 – Vitrola Pioneer PL990
O toca-discos PL990 da Pioneer reproduz som estéreo e é totalmente automático. Conta com braço sensível, motor DC preciso e equalizador fonográfico integrado. Basta ligar a qualquer entrada auxiliar ou amplificador para obter os melhores sons. Ele conta ainda com tampa protetora articulada contra poeira, como nos modelos antigos. R$884
2 – Vitrola Tennessee Ribeiro e Pavani
Possui alto-falante embutido com potência total de 6W RMS, ajuste fino da rotação do prato do vinil, entrada para fone de ouvido, entrada auxiliar para cabo P2 e saída line out para amplificação de som, também para cabo P2. R$506
3 – Vitrola Ion Retrô
Possui sistema de reprodução de música com alto-falantes estéreo incorporados, tem conexão via USB para transformar discos de vinil em arquivos digitais de música, saída de áudio RCA padrão para conexão ótima ao sistema home estéreo e separação automática de faixas via software. R$693
Os mais raros
Tem uns 50 mil reais sobrando? Que tal comprar um disco? Parece conversa de maluco, mas alguns dos discos mais raros do mundo chegam a custar esse valor. Dentre a lista dos raríssimos, 7 álbuns dos Beatles figuram, como o raríssimo Please Please Me, o primeiro do quarteto inglês. Além deles, uma versão limitada do álbum The Freewheelin’ (1963), do Bob Dylan, pode custar até 30 mil dólares no mercado.
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