MAIS CONFORTO, FUNÇÃO E ESTÉTCA
Muito mais do que repor dentes, o implante dentário está cada vez mais popular entre os pacientes que buscam qualidade de vida e um sorriso harmônico. O setor cresce, em média, 15% ao ano e, segundo estimativas do Conselho Federal de Odontologia (CFO), deve manter o ritmo na próxima década, já que o número de pessoas sem os dentes ainda é elevado no país.
Segundo o cirurgião dentista prof. Dr. Angelo Stefano Secco, especialista em prótese dental e Coordenador do curso de pós-graduação em Implantodontia da Universidade Paulista em Campinas, para recuperar um dente perdido era necessário desgastar dois ou mais dentes íntegros e utilizá-los como apoio. Um desafio ainda maior se apresentava quando o paciente perdia múltiplos dentes ou todos, pois isso leva à uma grande perda óssea. Hoje muitos desses desafios foram superados. Com tecnologias avançadas, reduzido número de sessões, sem dor é possível vencer estes desafios e devolver dentes fixos ao paciente. Contextualizando o assunto, o Dr. Angelo Secco explica que Brånemark (um médico ortopedista sueco) descobriu a afinidade entre o tecido ósseo e o titânio. “Essa descoberta, há mais de 50 anos, resultou no desenvolvimento dos implantes osseointegrados, que hoje estão instalados em milhões de pessoas no mundo.” O especialista detalha que o implante dental é um pino de titânio, que substitui a raiz do dente perdido (raiz artificial), não sendo mais necessário o desgaste dos dentes saudáveis, laterais, como antigamente era feito. “Com o implante fixado, é então conectada uma prótese (dente) que deve ser semelhante aos naturais em função e estética.
Fig. Ilustrando exemplos de uso dos implantes dentais.
O implante dental é indicado para repor a perda de todos os dentes, de alguns ou de apenas um dente”, diz o Dr. Angelo Secco. Salienta, ainda, que esta falta pode agravar certas doenças nos pacientes com mais idade e comorbidades, pois a baixa eficiência mastigatória impede que o paciente se alimente adequadamente, agravando estas doenças devido à deficiência nutricional. É comum vermos pacientes em nosso consultório que deixam de comer alimentos que gostam, e deveriam comer, mas não conseguem, devido à falta dos dentes ou às próteses ineficientes apoiadas somente nos tecidos moles. Com a colocação dos implantes e a fixação dos dentes, eles passaram a ter uma alimentação normal e melhoraram significativamente a saúde geral. Nos problemas de convívio social, estéticos, e emocionais, que também se acentuam com a perda de dentes, é fundamental uma rápida reposição do dente perdido. Os implantes dentários nos permitem isso com segurança, às vezes, na mesma consulta. Temos muitos exemplos em que o convívio social é afetado pela perda dos dentes. Um paciente com 84 anos usava dentaduras que não apresentavam mais estabilidade. Quando falava ou mastigava, as mesmas se deslocavam da boca, fato que gerava grande constrangimento, o que levou o paciente a evitar o convívio com amigos e família. Nesse caso realizamos os implantes, fixando os dentes e o paciente voltou a ter o convívio necessário para todas as pessoas nesta faixa etária. Só quem já perdeu algum dente frontal entende a falta que ele faz. “Imagine os problemas para uma jovem senhora que perdeu dentes que aparecem no sorriso, em um acidente. Tudo o que ela queria era ter seus dentes novamente, recuperando a liberdade de sorrir sem constrangimento. Nada mais justo, pois o sentimento de felicidade sem a expressão do sorriso é muito difícil”. Nesse caso, o implante representa esta possibilidade, permitindo a reposição dente a dente, com muita naturalidade. “Nos dias atuais a chave do sucesso estético e funcional dos implantes está relacionada com o planejamento reverso (análise prévia dos fatores que contribuem para a prótese final antes da realização do implante), procedimento que permite visualizarmos o resultado final do caso clínico, antes de realizarmos o tratamento cirúrgico-protético”, diz o Dr. Angelo Secco. Resultados ainda melhores podem ser conquistados se os implantes forem associados aos sistemas de cerâmica metal-free como a zircônia. Ela possui alta biocompatibilidade, que resulta em notável estabilidade da estética e saúde gengival, assim evitando as desagradáveis manchas acinzentadas da margem gengival, e o aspecto inflamado, comuns nas próteses convencionais com base metálica. “Estabelecer novamente o equilíbrio e a beleza desta região tão delicada, foco de todos os olhares, demanda grande sensibilidade, responsabilidade e comprometimento de toda a equipe. Cada caso exige um esforço específico, mas a cada tratamento finalizado, vejo que valeu a pena, pois recuperamos a autoestima de cada paciente que nos procura”.
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