O PODER FEMININO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS DIGITAIS: 6 EM CADA 10 EMPRESAS SÃO ADMINISTRADAS POR MULHERES

por | 13 abr, 2023 | 0 Comentários

Estudos mostram, ano a ano, que empreendedoras estão dominando o mercado das vendas on-line no Brasil e se destacam nas áreas de moda, beleza, artesanato e decoração

As mulheres estão cada vez mais presentes no mundo dos negócios e no empreendedorismo digital. De acordo com a pesquisa Elas no E-commerce da Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina, realizada com sua base de lojistas no Brasil, cerca de seis em cada 10 pequenas e médias empresas de lojas virtuais do país já são administradas por mulheres, sendo que 67% delas já se dedicam exclusivamente ao seu negócio digital.

Esse crescimento da participação feminina no mercado virtual é uma tendência que vem se consolidando nos últimos anos e mostra que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço e protagonismo no mundo empresarial. Um estudo realizado pela Data Nubank, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Sebrae, por exemplo, apurou que 75% do faturamento do e-commerce hoje é proveniente de vendas via redes sociais, aplicativos ou internet, de lojas virtuais comandadas por mulheres, contra um total de 15% dos homens.

Moda e acessórios são os principais mercados de atuação das empreendedoras, mas artesanato e decoração também ganharam a atenção dos negócios digitais liderados por mulheres. Um resultado muito interessante da pesquisa Elas no E-commerce é que mais da metade dessas empresárias se sentem mais desafiadas e satisfeitas com suas carreiras ao empreenderem on-line e consideram como principais benefícios do investimento digital a conquista de um aumento na renda mensal, ter mais tempo para se dedicarem a atividades pessoais e conseguirem cuidar melhor de sua saúde mental e física.

“A pesquisa Elas no E-commerce foi desenvolvida com o objetivo de entendermos o perfil do empreendedorismo feminino no comércio on-line. Já tínhamos o conhecimento da relevância das mulheres no setor, mas queríamos ir mais a fundo, compreendendo suas motivações e desafios”, diz Mylena Gama, gerente sênior de Comunicação e Marca da Nuvemshop, para a Trinova.

Mylena Gama, head de Comunicação e Marca da Nuvemshop

Do mundo corporativo para o artesanato
A trajetória de Fabiana Rossa mostra um pouco disso. A artesã, que trabalhou por mais de dez anos na área comercial de bancos e de grandes empresas, decidiu mudar de rota há oito anos e investir em sua produção de itens artesanais. “Sempre me dei bem com atividades manuais. Na época da escola, por exemplo, gostava muito de pintar. Eu aprendi sozinha a fazer a cartonagem, que é uma técnica de artesanato usando papelão, cola e tecido. Hoje não me vejo sem fazer isso. O meu trabalho é uma terapia”, relata.

A artista, que vende seus itens no Elo7, marketplace de produtos autorais e especiais, conta que durante a pandemia percebeu como a venda das suas peças fazia diferença nas contas de casa. “Na pandemia consegui enxergar o quanto o meu trabalho era importante. Meu marido ficou sem trabalhar por um tempo e eu consegui assumir as contas. Hoje se eu parar de vender artesanato, com certeza fará falta em nosso orçamento”. Fabiana ainda reforça que alguns de seus clientes estão há mais de 5 anos comprando os seus produtos.

Fabiassa Rossa, artesã

Desafios e tendências para as mulheres empreendedoras
Apesar do crescimento da participação feminina no mercado digital brasileiro, ainda há muitos obstáculos a serem superados pelas mulheres empreendedoras. Entre as principais barreiras estão a falta de acesso a investimentos e a discriminação de gênero. Enquanto 33% se sentem contempladas financeiramente ao conseguir maior renda mensal, 40% das entrevistadas na pesquisa da Nuvemshop apontaram que a falta de capital de giro para investir em seu negócio é um dos principais desafios enfrentados ao empreender. Essa queixa se confirma no estudo realizado pela Rede Mulher Empreendedora, em que apenas 2% dos investimentos em startups no Brasil são destinados a empresas lideradas por mulheres.

Mesmo com as dificuldades, as empreendedoras arregaçam as mangas e pensam em soluções. Para este ano, 63% planejam aprender mais sobre estratégias de e-commerce e 40% querem ampliar seus canais de divulgação, principalmente em redes sociais.

“O uso das redes sociais como ferramenta de vendas é uma estratégia poderosa para quem empreende no on-line. As empreendedoras estão cada dia mais se tornando influenciadoras digitais para promover sua própria marca e, com certeza, essa é uma tendência que se manterá em alta em 2023”, diz Mylena. “A criação de conteúdo online permite maior conexão com o público, gera engajamento e, consequentemente, um aumento nas vendas.”

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