No universo das startups, empresas que trabalham com tecnologia aplicada ao esporte, o momento é de celebrar o crescimento e o futuro promissor com as sportstechs. Através de muita inovação, elas têm mudado a cara da indústria esportiva. Só para se ter uma ideia, durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados neste ano, foi mais do que notável o uso da tecnologia, com novidades das mais diversas, em especial, no ramo da análise de dados, monitoramento, reconhecimento facial e muito mais.
Essas tecnologias, no entanto, não estão disponíveis apenas para grandes eventos e atletas de alta performance. Um exemplo disso é a Gympass. A startup brasileira, com sede em Nova York, nos Estados Unidos, tornou-se sucesso em pouquíssimo tempo. A empresa, que oferece benefícios corporativos voltados para a saúde, além de entrada para academias, acesso a aulas virtuais e aplicativos de atividades físicas, meditação e terapia, se constitui de uma plataforma que está disponível, gratuitamente, para Android e iPhone (iOS) e já foi baixada mais de cem mil vezes. Atualmente, ela está presente em mais de dez países e sete mil cidades ao redor do globo.
No Brasil
Ainda em crescimento em nosso país, as sportstechs devem faturar cerca de 8,6 bilhões de dólares até 2025, porém, esse número deve aumentar ainda mais, já que o setor demonstra uma grande capacidade de atração por conta da paixão do brasileiro pelo esporte. A Associação Brasileira de Startups avalia que são pouco mais de sessenta as empresas atuantes no segmento, concentradas, principalmente, nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Por sua vez, as três cidades que mais concentram sportstechs são: São Paulo, com 25% de todas elas; Rio de Janeiro, com 15,9%; e Belo Horizonte, com 11,3%.
Sportstechs pelo mundo
Ao redor do planeta existem pouco mais de quatro mil sportstechs. Nos Estados Unidos, na Europa e na China, o mercado constituído por estas startups está muito mais consolidado do que em outras partes do mundo, sendo a aposta de grandes investidores globais, sendo que a grande maioria desses investidores, inclusive, são de amantes do esporte, que têm trazido para o meio digital as ações que antes aconteciam apenas no “olho no olho”, otimizando as práticas mais comuns em diversas categorias.
Um exemplo de sucesso neste sentido é o HomeCourt, um app de inteligência artificial que analisa, em tempo real, vídeos de jogos e treinos de basquete para fornecer aos usuários, não apenas estatísticas, mas também dicas de como melhorar a mecânica de arremessos para se conseguir um percentual maior de acertos ou para melhorar o domínio da bola.
O aplicativo permite também a conexão entre seus usuários, possibilitando que jogadores de diferentes partes do mundo se enfrentem, por exemplo, em uma competição, para ver quem acerta mais arremessos de três pontos, comparando o percentual de acertos de ambos tal qual um “videogame da vida real”. O dispositivo vem sendo utilizado pelas trinta equipes participantes da National Basketball Association (NBA), a fim de encontrarem novos talentos. Para se ter uma ideia do potencial desse tipo de serviço, a empresa já captou mais de 15 milhões de reais em sua primeira rodada de investimentos.
Além dela, existem diversas outras startups desse nicho que estão chamando bastante atenção pelo mundo afora e seus ótimos resultados demonstram como esse campo é promissor.
Fundada em Long Beach, no estado norte-americano da Califórnia, a Zwift também vem impactando o mercado das sportstechs em território estadunidense. Com a marca de um milhão de contas registradas, o objetivo da startup é ativar e replicar o sentimento do ciclismo por meio do computador. Usuários de todo o mundo podem competir entre si, dentro de suas próprias casas, em diversos cenários apresentados pela televisão. A empresa já captou mais de 650 milhões de reais nos últimos seis anos.
Conheça algumas das sportstechs que estão dando o que falar (para ser usado como um possível box)
DAZN – O primeiro serviço de streaming voltado para o segmento esportivo no mundo iniciou as suas operações em 2016, com foco nos mercados japonês e alemão e chegou ao Brasil em 2019. A empresa conta com um portfólio de dar inveja, incluindo os campeonatos nacionais de futebol da Itália, Inglaterra e França.
Discord – Trabalhando no universo dos e-sports, a startup nasceu com foco na comunicação entre os gamers. Baseado em voz e texto, o aplicativo auxilia os praticantes do esporte que mais cresce no mundo nos últimos anos a se falarem durante as partidas. Com sede em San Francisco, nos Estados Unidos, a empresa já ultrapassou um bilhão de reais em financiamento e conta com mais de 250 milhões de usuários.
MyCujoo – Fundada em Portugal, a companhia é especializada no conteúdo de “longa cauda”, ou seja, fornece a sua plataforma e canais para clubes, ligas e federações exibirem o seu próprio conteúdo, incluindo a transmissão ao vivo de eventos usando apenas um telefone celular. A empresa, pertencente ao fundo brasileiro Go4It, possibilita ainda assistir a jogos de futebol 24 horas por dia, de todos os cantos do planeta.
Otro – A plataforma busca aproximar o fã do esporte das celebridades do segmento. Fundada em Londres, ultrapassou a marca de duzentos milhões de reais em investimentos nos últimos dois anos e conta com embaixadores de peso, como os jogadores de futebol Neymar e Lionel Messi.
Tonsser – Acaba de chegar à marca de um milhão de usuários registrados no app. Focada em atletas que ainda não foram descobertos por clubes, a empresa, fundada na Dinamarca, já recebeu mais de 46 milhões de reais em investimentos nos últimos três anos.
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