Cada vez mais os brasileiros estão se rendendo aos Wearables. Mas afinal, o que são Wearables? O termo significa “tecnologia vestível”. São dispositivos eletrônicos usáveis como, por exemplo, relógios, pulseiras, óculos, entre outras variedades de gadgets.
O crescente mercado de wearables, somente no primeiro trimestre do ano passado, cresceu 21,1% em vendas, segundo dados do estudo IDC Tracker Brazil Wearables Q2 2020, realizado pela consultoria IDC Brasil. Ainda de acordo com a pesquisa, o segmento da tecnologia wearables movimentou 124,9 milhões de dólares, tanto que algumas empresas já começaram a investir um pouco mais no segmento, como a LG, Sony, Intel, Samsung e Google.
Quando o assunto é tornar a vida do consumidor mais prática, com dispositivos fáceis de carregar e manusear para otimizar tempo e paciência, os wearables são uma boa tacada para conquistar o público-alvo.
Com a tecnologia na área cada vez mais avançada, este tipo de dispositivo está cada vez mais acessível aos consumidores. Antes eram apenas acessórios, mas agora monitoram a qualidade do sono, os sinais vitais, contabilizam até mesmo a quantidade de passos dados no dia, além de informar a quantidade de calorias perdidas no final do dia, tudo isso, aliada à conexão com a internet.
Como parte da Indústria 4.0, a Internet das Coisas, os Wearables apresentam um potencial para múltiplos dispositivos interconectados, trocando informações em benefício do ser humano. A moda, por isso, não poderia ficar de fora.
Por essa razão, a indústria têxtil está buscando soluções para alinhar a tendência da tecnologia wearable com o apelo estético, que é tão forte na indústria fashion. Afinal, um vestível não deve ser apenas útil, ele precisa ser, também, bonito. Por isso, é um desafio para o setor alinhar os desejos do consumidor e do mercado com funções variadas.
Para o mercado fitness, por exemplo, os wearables representam um enorme potencial. A prática de atividades físicas e a busca por uma vida saudável podem encontrar suporte na tecnologia wearable.
Já é possível adquirir roupas que contam com fones de ouvido acoplados, assim como braceletes e pulseiras que realizam a medição da frequência cardíaca e do gasto calórico.
Outro produto também disponível no mercado é o Nike Hyperdunk, que auxilia no controle da eficácia de uma atividade física, ao registrar informações completas sobre a performance de jogos como o basquete e futebol. Essas informações ajudam a potencializar os efeitos da rotina e da vida humana.
Atrelado a tudo isso, essas tecnologias estão associadas às grandes empresas desenvolvedoras de hardware, porém, há também oportunidades de criar negócios, especialmente aplicações digitais, que possam rodar nos sistemas operacionais de wearables.
No Brasil, a utilização desses dispositivos ainda é pequena e parte disso se deve a nossa cultura de não utilizar alguns acessórios, como relógios de pulso, por exemplo. De acordo com o Grupo Technos, o consumo anual de relógios do brasileiro ainda é 4 vezes menor do que a média mundial de consumo.
Por outro lado, a aquisição de smartphones no Brasil é um dos maiores do mundo: a Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores, calcula que o Brasil representa 4,4% de todo mercado global de smartphones. Isso mostra uma aderência a tecnologias móveis, mas ainda restritas aos celulares inteligentes.A pandemia colocou em evidência a preocupação de boa parte dos brasileiros com a saúde e a boa forma, o que aumentou a adesão dos vestíveis. Com o aumento de startups e pessoas se aventurando cada vez mais no empreendedorismo, esse comportamento deve crescer e tende a ficar ainda mais forte até 2024, inclusive com as próprias empresas comprando os acessórios para uso de seus funcionários, prevê a IDC Brasil.
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